dia 13/03 às 13h13
Ela estava parada
encostada na parede.
Sua pele reluzia
seus olhos coloridos
sua boca pintada
seus cabelos espalhados.
Os olhos de quem a olha,
observa e se aproxima lentamente,
mas com vigor de quem quer saber algo,
quer ouvir que som que som aquele corpo
aquela boca e olhos emitem.
A proximidade é cada vez maior
mais intensa,
maior a proximidade
maior a ansiedade de quem se aproxima,
ela não, ela está e
estando fica.
Ponto.
Estão lado a lado
na quina
numa estreita esquina
coladas a parede
corpos lado a lado,
olhares no horizonte
nos corpos e imagens transeuntes.
A pergunta
A indagação
Ela deve vir
Ela tem de sair
...
Ela sai
A pergunta sai da boca não tão vermelha por fora
mas vermelha de vontade por dentro
vermelha de calor
de curiosidade.
Após a pronuncia
o silêncio caótico
o silêncio dos corpos juntos
e tão distantes
e então a resposta
- a confiança não acaba mas se renova
- as pessoas merecem uma segunda chance
- a confiança pode ser modificada
O corpo que indaga se despede
O corpo que responde fica pausado no espaço
A partida acontece e em cada um
fica um pedaço do outro
será, aqui
por aqui
ficou.
Esse poema vai ser parte da peca?
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